segunda-feira, 29 de julho de 2013

Estrilda


Ao fim de 4 anos... apeteceu-me pegar na lapiseira. Se tá alguma coisa de jeito? Nem por isso... mas deu para me divertir :)

domingo, 28 de julho de 2013

Prioridades

É a palavra chave deste meu ano. Eu tenho as minhas. Os outros têm as suas. Por vezes as minhas coincidem com as dos outros. Por vezes são bastante diferentes. Não há delas certas e erradas. São opções. Cada um tem que viver com as suas. Recolher os frutos das mesmas. Os bons e os menos bons. Eu andei cegamente com as minhas trocadas durante um largo período de tempo. Só me arrependo de ter sido tão longo. A parte positiva é que agora consigo ver isso com clareza. Cada vez mais. Ao ponto de não conseguir perceber como consegui ser tão parva. Mas pronto. Sei bem para onde não quero voltar. Sei bem o que procuro. Só não sei se vou encontrar... mas é a vida.

sábado, 27 de julho de 2013

GVC Ringing Week

Tive direito a uma pausazinha e nada melhor que aproveitar e juntar-me ao GVC para uns dias de alicatadelas! Foi uma semaninha um tanto para o cansativa e de poucas horas de sono, mas que deu para coleccionar mais uns cromos e praticar um pouco esta coisa da anilhagem. Já tinha saudades desta gentinha bem disposta que me consegue fazer rir até me doer a barriga! Apanharam-se 306 bichinhos, sendo que uma das sessões foi mais curta que o suposto dadas as condições meteorológicas. Migradores muito poucos... só meia dúzia de felosas-dos-juncos (Acrocephalus schoenobaenus). O bichinho mais especial da semana (para mim) foi mesmo um noitibó, que apesar de já ter tido na mão, nunca tinha anilhado :) há que agradecer ao Peter que não desistiu enquanto o malandro não caiu na rede! :D fora isso, foram muitos rouxinois-dos-caniços (Acrocephalus scirpaceus) e muita tralha! Mesmo assim ainda tive direito a um pardal-montês (Passer montanus) e uma fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis), assim como um cartaxo-comum (Saxicola rubicola). Além das sessões matinais fizemos ainda dormitório de andorinhas, com cerca de 100 bichinhos, a maioria dos quais andorinhas-das-chaminés (Hirundo rustica), mas também com algumas simpáticas andorinhas-das-barreiras (Riparia riparia)! A parte negativa foram mesmo os mosquitos que basicamente me comeram viva e me deixaram um tanto para o inchada e com muitas (mesmo muitas) pintas vermelhas pelos braços e cara. Oh well... valeu bem a pena :) Para finalizar em grande houve ainda sessão de riparias hoje de madrugada antes de apanhar o autocarro para casa, e que ainda rendeu 40 e tal recapturas e mais meia duzia de bichitos novos, entre os quais apenas 1 juvenil.

Foi bom foi bom ^^

No fim de Agosto há mais, mas aqui a je só deve poder ir um dos dias pois tem que trabalhar nos restantes :P para o ano repete-se o campeonato de sardinhas, desta vez com um total de 100 sardinhas em jogo. A ver se o campeão consegue ultrapassar o seu próprio recorde de 13 sardinhas e/ou se alguém consegue vence-lo! :D

sábado, 20 de julho de 2013

Crise de meia meia idade



É daquelas que te atingem aquando da tua transição de jovem para jovem adulto. A mim deu-me agora, ao quarto de século. Suponho que até faça sentido... ou não.Dou por mim a pensar que rumo quero dar à minha vida. Que valores considero importantes e quero incorporar na minha forma de estar e viver. Que quero eu fazer com o meu futuro profissional? E o sentimental? São só questões. Nenhumas respostas. Ontem apercebi-me que deixei de acreditar no que faço. Entrei para a faculdade a pensar que queria trabalhar em conservação da natureza. Que queria salvar os animaizinhos, devolver-lhes a vida e o espaço que lhes temos vindo a roubar. Era um sonho bonito e inocente. Era algo que me satisfazia e que não implicava necessariamente a extinção da raça humana. Algures pelo caminho apercebi-me que este mundo é cruel e feito de interesses. Que tudo rodopía à volta de dinheiro e que até a conservação da natureza é um grande negócio que move milhões. Empresas que se mascaram de verde para esconder o rasto de devastação que causam é o que está na moda. Produções biológicas e coisas amigas do ambiente. Valores inicialmente inocentes e que aspiravam a bons princípios passaram a ser vestidos por toda a gente de forma hipócrita e sem a mínima preocupação pela verdadeira raíz dos problemas. Mas já estou a divagar. Dizia eu que deixei de acreditar no trabalho que eu própria queria desenvolver. Conservação da Natureza. E quando ontem me apercebi disto, assim como quem de repente viu a luz ao fundo do túnel, parece que de repente toda a minha existência se colocou em questão. Afinal que ando eu aqui a fazer? A brincar? Para quê todo este trabalho se no fim das contas não serve o propósito que eu queria? De que serve andar a estudar os bichinhos se no fim não vai servir de nada? É pura perda de tempo... e de vida. E ela é curta. Gostava de poder contribuir de forma directa. Gostava de ver a melhoria de uma zona. A sua vegetação. A sua crescente diversidade. Os seus bichinhos. Não quero salvar o mundo. Contento-me em salvar uma pequena parte. Um quintal. Um pequeno terreno. Um pequeno projecto de conservação. Sempre disse que não queria uma grande carreira. Um futuro académico não me soa nada risonho. Quero fazer conservação da natureza a uma pequena escala. Quero fazer disso o meu projecto de vida. E no entanto aqui ando eu perdida. Entre bolsas e propostas de doutoramento. Num rumo claramente académico que não sinto querer levar-me a lado algum. Oh vida que faço eu de ti? Que queres tu de mim? Temo estar a enfiar-me na boca do lobo de forma consciente. Sinto falta da educação ambiental, da partilha desta minha paixão pela Natureza com as pessoas. Apercebi-me disso no outro dia quando fomos capturar bichinhos na igreja e fomos rodeados por crianças e curiosos. É tão mais recompensador o sorriso duma criança a fazer festinhas num morcego do que um artigo numa qualquer revista científica... Para quê enfiar-me num mundo que sei não me pertencer? Que sei não me dizer nada? Pode parecer ridículo, mas neste momento da minha meia meia crise de idade/identidade, o meu ideal de vida é uma casinha no monte, com uma hortinha de sustento, alguns animais e colmeias com abelhas. Será que conseguiria viver disto? Haveria algum maluco neste planeta disposto a partilhar tal vida comigo? Terei eu coragem daqui a uns anos de tomar tal decisão de largar o “conforto” e a “segurança” da vida académica pela vida que realmente anseio? Espero que sim... espero que não venha a tornar-se tarde de mais... espero não perder a esperança de vir a ter tal futuro. Espero :)

domingo, 14 de julho de 2013

sábado, 13 de julho de 2013

Dia bem passado


Hoje foi dia de piquenique no Parque Biológico de Gaia. O evento que tem vindo a repetir-se por esta altura, ano após ano, voltou a repetir-se. A família que tem vindo a crescer continua sempre calorosa, divertida e animada. Este ano tivemos direito a um miminho especial, com um bolo representativo do grupo e nos quais cada elemento ficou extremamente bem caricaturado :D

A sessão de anilhagem (última do PEEC) correu bem, com quase 40 bichinhos (uma boa parte deles da rede do comedouro), tendo até caído 3 pegas-rabudas (Pica pica), que apesar de juvenis, já me deram um belo gostinho :) nem acredito que já vou no cromo 72 xP


A vontade de ficar para a sessão das riparia na segunda-feira era alguma, mas à falta de casa no norte, e de não querer xatear mais o sr. Tiago, e de já ter dito à minha mãezinha que ía a casa, lá fui eu virada às Caldas. Pode ser que me consiga juntar a eles no final do mês para as sessões em Viana e tirar uma barrigada de alicatadelas :)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A hell of a week

Esta semana tem sido muito intensa! Tanta coisa a acontecer e a mexer comigo num curto espaço de tempo!

Primeiro foi o aniversário da Aldeia. Evento engraçado, com muita música que mexe comigo, me leva às raízes, cheio de gente apaixonada pelo planalto Mirandês, gente da Terra. Deu para relaxar, comungar com a Natureza, limpar a mente e a alma :) mas também deu para ouvir falar de associativismo, e quase ficar com vontade de montar uma produção de mel neste cantinho do país, viver da Terra e com a Terra. Ah... tantas maluqueiras que me passam pela cabeça. Uma coisa é certa... a ânsia duma vida pouco académica e mais rural é mais que muita... Quem sabe um dia, quem sabe :)

Domingo foi dia de soltar o bichinho do qual tomei conta por quase um mês. O Florzinha :) Já estava bonzito da asa e com vontade de voltar aos céus. Apesar de todos os receios e dúvidas, que nem mãe preocupada com o seu filhinho, lá o soltámos no vale do Sabor ao qual pertencía. O voo foi duvidoso, a perder altitude em direcção ao vale. Rapidamente o perdi de vista e o coração ficou-me nas mãos. Será que fizémos bem? Será que estava na altura? Será que nos precipitámos? Será que ele caiu? Será que acabou por conseguir ganhar altitude? Será que vai conseguir alimentar-se sozinho? Encontrar o abrigo? Tantas questões. Nenhuma resposta. A dúvida vai para sempre ficar-me no coração. Dúvido que alguma vez o consigamos recapturar. Mas fica a esperança. A esperança que tudo correu bem e que fizémos tudo o que estava ao nosso alcance para que o bichinho ficasse bem :) 


Segunda-feira foi dia de capturas. Correu tudo bem. Não muitos bichos. A dúvida do efeito da nossa amostragem na colónia dos bichinhos. Será que os perturbamos em demasia? Será que abandonam o abrigo por nossa causa? Mais uma vez, dúvidas sem resposta. Voltamos para casa já de madrugada e acordamos pela hora de almoço. Tarde ao pc e fim de tarde a processar os bichinhos capturados de manhã a fim de os soltar ao anoitecer. Pela aldeia reinava um clima pesado. Um rapaz da GNR tinha-se suicidado e a aldeia encheu de gente para o funeral. Carros por todo o lado. Pessoas a ouvir a missa já no átrio da igreja. Ao longe, no horizonte, vários sinais de incêndios. Mal imaginávamos nós o quão grave eram. A seguir ao jantar, seguimos como normalmente para a libertação dos bichinhos, mas nem conseguimos chegar perto das pontes. O horizonte era agora um espectáculo de luzes vermelhas. Cenário macabramente belo e aterrador. A nossa área de estudo, o espectacular vale do Sabor, a minha fonte de motivação e de sentimento de sorte em poder aqui trabalhar, em chamas vivas... Não demorou até começar a deprimir. Não queríamos acreditar. Não poderia ser real. Não poderia estar a acontecer. Não. Era mau demais. Mas era verdade. E enquanto nos debatíamos com a realidade, carros e jipes de bombeiros passavam para trás e para a frente, tentando a todo o custo que o incêndio chegasse ás povoações. Apaga-lo, impedir que destruísse a área, era uma tarefa impossível. O vale encaixado e a falta de acessos são uma realidade. A verdade é que quando um incêndio é controlado, é porque não tem mais por onde arder. A única coisa que conseguimos fazer nestes locais é tentar evitar que cheguem ás casas. Soltar os bichos passou a estar fora de questão. Voltamos para casa com tudo dentro da caixinha e muitas dúvidas na cabeça. Quem sabe amanhã esteja tudo apagado e dê para os soltar. O que vai ser de nós? Dos bichinhos? De todo o trabalho feito até agora? O plano de doutoramento do FA acabou de ir para o lixo. Os meses e meses de monitorização do vale a fim de tentar perceber o efeito da barragem também. E agora?

O cenário de manhã era mais animador do que eu imaginava. As encostas junto ao rio, embora tivessem ardido totalmente, devem ter ardido rápido, de modo a que uma boa percentagem das árvores tenha ficado mais ou menos incólume. Algumas encostas safaram-se por completo. Outras ficaram totalmente carbonizadas. Numa das pontes alguns bichinhos. Parece que não fugiram por completo. Talvez voltem. Talvez se safem. A ver. Fica a esperança que a zona recupere... aos poucos.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lazy weekend :)))

Ai ai... eu bem que tento, mas esta família só me desencaminha!

Ontem fomos finalmente conhecer a casa do meu tio. Juntou-se há uns tempos com a namorada, e agora, que já tem a sua casinha terminada e toda decorada a gosto dele, decidiu convidar a família para um almocinho para festejar o seu aniversário.

Apesar de tudo... correu bem :) voltei a passar por pita de 17 anos... again ... tendo a mulher do meu tio até perguntado quantos anos eu era mais nova que o meu irmão (que é 5 anos mais novo que eu) -.-' sinceramente nem sei se fique feliz ou xateada... por um lado claro que é bom parecer mais nova. Mas por outro... será que tenho a maturidade e me comporto da mesma forma q uma miudinha? Não me quer parecer... mas já não digo nada. Sorrio e tento encarar a situação como um elogio. Há-de chegar a altura em que o será suponho. Mas o pior de se juntar toda a família, é quando começam com a conversa embaraçosa... E eu é que sou esperta. E eu é que faço bem. Mas agora já só falto eu. Todas as outras mulheres da família (tirando as crianças), já estão casadas e com filhos. Até a minha prima que tem a minha idade tem uma menina de 2 semanas. No que a mim me toca... bem podem esperar... :) Só acho piada que ninguém acredite que não tenho ninguém! "Com essa carinha deves ter poucos deves... devem ser uns atrás dos outros" ... "Mas então deves ter muitos pretendentes"... "Ela não deve é escolher qualquer um, que sabe bem o valor que tem"... *pokerface* e pronto... uma pessoa tem q ouvir estas coisas! E soubessem eles o meu nº de namorados (q na verdade foi só 1) e acho que continuariam incrédulos e a dizer q estava a dizer aquilo só porque ali estava a minha mãezinha.

Que se há-de fazer? Nunca fui uma rapariga namoradeira... e duvido que isso alguma vez venha a mudar. Nunca senti necessidade de me envolver com alguém para me sentir bem. Há tanta coisa descomplicada nesta vida que me faz feliz. A verdade é que quando gosto de alguém, gosto a sério. E se é para me envolver com alguém então também tem que ser a sério. É que quando se gosta a sério, sofre-se a sério. E sofrer é desgastante... pelo que qualquer coisa abaixo disso não vale muito a pena. Daí também que não consiga envolver-me com alguém antes de o conhecer... antes de fazer parte da minha vida, de ser importante para mim e de ter a certeza que não me vai magoar. Mas é um limbo perigoso... porque depois de passar a barreira da amizade, acho que é difícil voltar atrás. Mas isto é o que eu tenho definido na minha cabeça. Porque na realidade as pessoas pelas quais me apaixonei verdadeiramente, não foram pessoas que lentamente me entraram no coração. Muito pelo contrário. Foram pessoas às quais reagi de forma bastante instantânea, e que embora não as conhecesse bem (na altura), me aceleravam o coração. Deixavam-me sem jeito e nas núvens, mesmo sem terem feito nada. Deve ser aquela coisa da "química" que volta e meia se fala nos filmes. Infelizmente, as pessoas com quem senti isso depois de entrar na faculdade, uma passou a barreira da amizade, a outra está demasiado longe para que seja possível qualquer de tipo relacionamento, e a outra... bom... a outra tentei, mas a tal "química" deveria ser só eu a senti-la. Enfim... não interessa. Nem sei bem porque comecei a divagar sobre isto. Ou melhor, até sei. Porque apesar de não precisar de alguém para ser feliz, sabe bem poder compartilhar esta vida. Um companheiro de aventuras e dia-a-dia. Mas eu sou uma rapariga paciente... que sabe bem esperar pelas coisas que quer. Por isso não me preocupo muito =) O mais importante de tudo... é que aos poucos a minha cabecinha vai ficando cada vez melhor =)

Mas estava a falar do meu fim de semana...!!!

Regressada a casa quase ao fim da tarde, com um calor de morrer, tivemos direito a guerra de água com a mangueira do jardim, e pouco mais tarde chegou o F. com o meu menino (morcego que temos vindo a cuidar). Logo de seguida foi sair com o meu paizinho e irmão para jantar e voltar só para dar de comida ao bichinho e seguir para a cama. Domingo foi acordar, preparar a mochila, alimentar novamente o Florzinha e ir para a praia! E que rico dia de praia! Sem vento, bastante calorzinho, e um mar espectacular :) tinha saudades de mandar uns mergulhos a sério! De sentir a força das ondas e a imensidão do oceano :)

Amanhã tenho que trabalhar a sério....