meaningless words

segunda-feira, 6 de julho de 2015

A ficar velha...

Aquele momento em que 95% dos concorrentes dos ídolos são mais novos do que eu...

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fortune Disney Cookie

  

Aquele momento em que um quiz inanimado e um tanto para o aleatório, te diz precisamente aquilo que precisas de ouvir...


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Dias perfeitos

Há dias assim... perfeitos. Em que temos o privilégio de nos desligarmos do Mundo e devorarmos um bom livro. Tinha saudades disto. Da reclusão. Da absorção. Da adrenalina da atribulada vida dos personagens. E enquanto isso, o sol. E o mar. E as ondas. E a areia. E o dourado da pele. E aquela sensação de união com o Universo.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Pfff

Mas porque é que eu me ponho a ouvir fado...? Já sei que acabo com uma nostalgia inexplicável e de olhos inchados. E não, não ando ao murro com ninguém.

sábado, 15 de março de 2014

Melancholy

É o que dá pôr-me a ouvir bossa nova e jazz... E os raios de sol que me entram pela janela adentro com o mar no horizonte sabem-me pela vida...

domingo, 2 de março de 2014

Reality

Yup. Somethings are just not meant to happen. Might as well face it and move on.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Mixed feelings

É uma mistura de alívio com ataque ao ego. Não sei bem se o saldo é positivo ou negativo. No fim das contas o ego acaba por se defender e dizer que tanto o concurso não foi justo, como eu não queria ganhar, e por isso está tudo bem. É tudo verdade. Mas o ataque ao ego custa um bocadinho. Ego à parte, nunca quis concorrer (tão cedo) a doutoramento. E assim sendo estou contente. Vou poder continuar a fazer uma coisa que me tem dado bastante prazer, sem ter o pesadelo da responsabilidade em cima. Também não vou ter de voltar ás aulinhas e aos trabalhos inúteis tão depressa. No fim das contas... correu tudo como eu queria :) e se não estou aos pulos é porque o ego não deixa. Mas ele que tenha calminha. My time will come. E quando vier, se depender de mim, o grau não vai ser nem do cibio, nem da fcup, nem português.

PhD à parte... hoje foi dia de S. Valentim. E que melhor maneira de passar o dia, que escondida debaixo de terra, em túneis com raízes a brotar do tecto, água a escorrer por todo o lado, e precipícios em cada esquina? Tenho que admitir que me senti uma verdadeira Indiana Jones. Só faltaram os escorpiões e as cobras! E os morcegos também vá, que foram muito pouquinhos. Mas enfim... foi um dia divertido :)






domingo, 15 de dezembro de 2013

Southern Bats

E já vem tarde o post (para variar), mas estava sem máquina fotográfica e não pude vir aqui deixar coisinhas giras :)

Há coisa de um mês fui 2 diazinhos para o Alentejo apanhar morceguinhos! E mais do que andar em pontes (que não andei em nenhuma, excepto de carro, felizmente), andei em grutas e minas. E andei de cócoras, e rastejei de cotovelos no chão, e bati com a cabeça no tecto, e conturci-me toda para passar vedações e túneis estreitos, e só não fiz rappel num buraco de mais de 20m porque chegámos tarde e os bichinhos já estavam activos. Mas foi giro! Muito giro :) a roupa, tenho pena de não ter fotografado, mas não deve ter achado tanta graça (assumindo que gosta de estar limpa). Ficou deveras colorida, com terra de cores variadas, entre tons castanhos, vermelhos, amarelos e laranjas, quase parecia pronta para o Outono =)

O objectivo da viagem era capturar cerca de 40 morcegos-de-ferradura-mourisco (Rhinolophus mehelyi), assim como efectuar a monitorização de alguns abrigos. E lá fomos nós!


o nosso local de dormida ^.^

os traquinas =)

sábado, 7 de dezembro de 2013

pff

Damn you Saturday afternoon movies =X

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

:)

e tou aqui à espera que saiam vídeos do espectáculo de ontem... mas até lá... a ver se trabalho! :P


terça-feira, 26 de novembro de 2013

^.^

Sabem quando querem muito uma coisa e acreditam que mais cedo ou mais tarde irão conseguir alcança-la? 

Sabem quando as dificuldades surgem e tudo parece correr mal, mas mesmo assim continuamos a sentir que vai correr tudo bem e que aconteça o que acontecer tudo se irá resolver? 

Sabem quando passam por tudo isto de forma tranquila e sem dar demasiado importância ao assunto e depois são maravilhosamente recompensados pelo Universo num triunfante golpe "de sorte"? 

Dá vontade de sorrir e dizer, 'obrigado!' :') não sei bem a quem, ou a quê, mas normalmente opto pelo Universo. Aquele conjunto talvez assim não tanto aleatório da qual tudo e todos fazemos parte, e que quando acreditamos parece conjugar-se a nosso favor. Há quem lhe chame Deus, há quem lhe chame Karma, há quem lhe chame sorte ou azar, e ainda há quem lhe chame trabalho/empenho ou falta dele. Há gostos para tudo e para todos! São só nomes suponho, mas alteram um pouco a forma como encaramos a vida e os obstáculos. Eu fico-me pelo Universo e todas as variáveis e constantes que o compõem, as que conheço e compreendo, e as que desconheço e não compreendo. Talvez tenha mesmo sorte e por isso ache que ele não me tem vindo a falhar. Talvez nada disto tenha efectivamente a ver com sorte. Talvez. Não sei. E como não sei, agradeço a tudo e a todos que possam ter contribuído para o desenrolar da minha passagem por este planeta :) sejam entidades aleatórias, místicas, ou simplesmente reflexos da minha forma de encarar o mundo. Seja como for e para quem for, Obrigado :)

E estou a escrever tudo isto por algo extremamente pequeno e insignificante na minha vida (embora pudesse estar igualmente a escrever por outras coisas muito mais importantes), mas acho que a magia do mundo está exactamente nos pormenores, nas pequenas "coincidências", e nos pequenos acontecimentos e gestos. Que mais é a felicidade se não saber detectar e apreciar estes pequenos presentes? :)

Ps: E quando já não havia mais bilhetes, e toda a gente que estava a vender só me vendia se eu quisesse comprar 2. 
Heis que o Universo, por intermédio da Worten, me oferece, não 1, mas 2 bilhetes para o concerto! :))))

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Jamie Cullum - Coliseu Porto

E falta menos duma semana! E aqui a je no entretanto esqueceu-se de comprar bilhete... que parva!

Claro que agora só sobram lugares sentados e ranhosos, que é como quem diz sem qualquer visibilidade -.-'

Restam-me as opções do OLX! Vá lá pessoas que compram bilhetes e depois afinal não podem ir... colaborem s.f.f.! Isso e respondam-me aos mails!

Muito agradecida!

Vanessa

terça-feira, 19 de novembro de 2013

My life as an introvert














 "Introversion is a personality trait.  It is a preference relating to how we focus our thoughts, and how we gain energy.  Introverts are inwardly focused.  We like to think and explore our own thoughts and feelings.  Usually, being around people interferes with our desire to be introspective.  Of course, that doesn’t mean that we don’t like conversation.  We just tend to enjoy deeper conversations about thoughts and ideas instead of small talk.  From a personal standpoint, I hate small talk.  It bores me.  I want to hear about your life, and I want to exchange ideas and connect on a deeper level.

Introverts like to reflect on new information – analyze it, process it – and only make decisions after some time.  We very rarely like to tell you what we think if put on the spot unless it’s a topic that we’ve already analyzed, but we are capable of carrying on a conversation about almost anything.  We just may not enjoy that conversation very much, and it will drain us of energy.

Introverts gain their energy from being alone.  That is how we recharge.  It doesn’t mean that we don’t like being around people.  We are not ‘antisocial’.  I love being around people.  If it is someone I care about and enjoy being with, I can be invigorated by the exchange of thoughts, ideas, and emotions.  It is the larger settings that drain us – not because we don’t enjoy them, but because they use our energy.  I heard an analogy once about the difference between introverts and extroverts.  Introverts are like a rechargeable battery. They need to stop expending energy and rest in order to recharge. Extroverts, on the other hand, are like solar panels. For them, being alone is like being under a heavy cloud cover. Solar panels need the sun to recharge, in the same way that extroverts need to be out and about, interacting with lots of people, to refuel. Introverts need time to restore their energy, and it flows out faster than an extrovert’s energy. In order to function to the best of their ability, they need to calculate how much energy something will take, how much they need to conserve, and plan accordingly.  Speaking in front of a group of people will knock me out, and a one on one conversation can invigorate and challenge me, but I have to balance both of those with some alone time to recharge.

I love being an introvert.  I love that I think before I speak.  I love that I think before I act.  I love to listen to other people without always having to add my voice to the conversation.  I love that I share with a small group of trusted people.  I love that being an introvert allows me to see the world from a different perspective than the majority of the population.  It fits the rest of my ‘minority’ personality traits.  It ties me together.  It’s who I am, and there is nothing wrong with it.  It is not a social disease.  It is not something that should be changed.  It is my preference, and I’m finally ok with that."


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 Não gosto nada de etiquetas. E muito menos de etiquetar pessoas. Cada um é como é, e tem direito a sê-lo. Mas por vezes é bom encontra-las e saber que não estamos sozinhos no mundo. Que há mais gente 'esquisita' como nós. Tantas que até existe um termo para nos referir-mos a elas. Embora na prática não sirvam para nada e não nos ajudem a lidar com o dia a dia. Há muita gente que as usa como desculpa para a sua forma de estar e interagir com o mundo, 'não tenho a culpa, sou assim, nasci assim'. E por muito verdade que seja, todos temos a capacidade de mudar (assim o queiramos) e de ajustar o nosso comportamento de forma a melhor nos integrar-mos com os outros. Assim seja a nossa vontade. E se há coisas em que tento dar o braço a torcer porque acho que valem a pena, há outras demasiado intrincadas na minha maneira de ser que acho que não devo mudar ou tentar mudar só para agradar a terceiros, principalmente quando esses terceiros também não parecem muito interessados em compreender o meu ponto de vista. E assim se perdem amizades. Parece-me uma razão parva e até estúpida para nos afastarmos de pessoas que nos são queridas. Mas é a vida. Se não conseguimos respeitar a maneira de ser das outras pessoas, então o melhor a fazer mesmo é afastarmo-nos. E foi isso que aconteceu. Mas tenho que admitir que doeu. E que desde então me afastei por completo de novas amizades femininas. Talvez um dia consiga voltar a confiar e a sentir-me confortável com alguém, mas até lá vou mantendo as minhas amizades masculinas que são muito mais descomplicadas e respeitadoras do meu espaço.

Isto tudo para dizer que hoje (ainda início de semana), senti esta necessidade extrema de ficar em casa, simplesmente porque preciso de recarregar. É que não tive tempo para isso no fim de semana e não iria aguentar a semana lá muito bem humorada se não o fizesse. Felizmente tenho um trabalho que me permite gerir o meu horário como bem me convém. Isso e não estou tão atulhada dele que não tenho tempo para mais nada. Mas isso lá está... prioridades :) e a minha sanidade mental é uma delas :) 

domingo, 10 de novembro de 2013

Gaivotedo

Sexta-feira foi dia de gaivotas :) Não tanto onde e como costumo vê-las, mas ainda assim, dedicado a elas. 

Parti ainda 5a feira rumada a Coimbra, num misto de frustração e culpa, que acabou por se transformar em alegria (e culpa e embaraço) acoplada dum sentimento de 'ainda bem que há gente com especial paciência para me aturar' :) fomos jantar, comer um gelado, e ainda ficamos um bocadinho na ronha, em momentos que me sabem pela vida e que, não fosse o facto de serem tão especiais, bem podiam durar toda a eternidade... A noite foi passada na pousada da juventude, uma casa já com alguns anos e cujos quartos me fizeram mais lembrar uma qualquer antiga enfermaria, com as paredes e camas todas de branco, do que um lugar para dormir, mas enfim. Não sei se foi o ambiente, se o facto de não estar especialmente cansada, se o que foi, mas a verdade é que a noite foi longa. Vira para um lado, vira para o outro, e o cérebro não desliga. Já não me acontecia há algum tempo, mas lá consegui apagar umas 3 ou 4 horinhas, tendo no entanto acordado bem antes do despertador. Pé ante pé, a fim de evitar acordar a pessoa que se encontrava no mesmo quarto que eu, lá saí de mansinho do quarto com a tralha ás costas e respirei com alívio o ar fresco e molhado da madrugada. À minha espera na rua já estava o Samurai e seguimos +/- directos à Figueira da Foz (os enganos não contam certo?), para tomarmos o pequeno almoço e nos encontrarmos com o sr. Peter Rock, especialista em bichinhos penudos e chatos, aka gaivotas. Entrámos na pastelaria e deparamo-nos com um sr. alto e grisalho que nos recebeu com um sorriso e um típico aperto de mão. Conversámos um pouco enquanto tomávamos o pequeno almoço (o qual o sr. gentilmente pagou) e depois seguimos para o porto à procura das malditas. O objectivo era tentar encontrar delas marcadas com anilhas coloridas. E não demorou muito para que o LPS desse com uma delas vermelha, embora não lhe tenha conseguido ler a inscrição. Demos uma volta por ali, mas vimos poucos bichos e nenhum marcado. Seguimos até à praia, mas o cenário foi semelhante. Valeu a Larus marinus e minutus, embora esta última a tivesse visto já em voo e sem grande cuidado. Seguimos então para Vil de Matos, mais propriamente para a lixeira, e lá sim demos início à caça das anilhas coloridas :)

Nunca tinha entrado numa lixeira, e posso dizer que por muito mau que aquilo seja, era bem mais organizado do que aquilo que habitava o meu imaginário. As gaivotas eram umas quantas, à volta dumas 6000, e o cheirinho extremamente agradável (not =P ). A única coisa positiva de ter aquilo perto de casa deve ser realmente o facto de ali concentrar tanta bicharada. No total de manhã devemos ter lido umas 20 anilhas oriundas de vários cantos da europa, e por essas 11.30 decidimos ir almoçar ali perto e voltar da parte da tarde. Pelo caminho, um bicho morto na berma, e surpresa das surpresas, uma anilha colorida :) foi ver alguém com um ar de sortudo a partir as patas ao animal e a reclamar o seu troféu eheh :) Por fim, perto da saída o sr. Rock ficou na galhofa com o director pelo que ainda demorámos um tanto a sair. Acabamos por sair os 4 para almoçar ali perto e o almoço, embora controlado pela conversa do sr. engenheiro, foi agradável. De volta à lixeira o sr. Rock já se sentia mais à vontade connosco e de repente começaram as perguntas pessoais. 'So how did u guys meet each other?'  Não sei se foi só impressão minha, talvez tenha sido, mas de repente surgiu um silêncio estranho, de quem está a processar todas as implicações da pergunta. Eu calei-me, não com problemas em responder, mas sem saber exactamente o quão à vontade estava para falar sobre o assunto. Podíamos ser só amigos? Podíamos. Mas o sr. lá achou (e com razão) que éramos mais do que isso. 'We were in the same University......'. 'So do you work in similar areas?'. 'Yeah... kind of...'. Foi um momento estranho com muitas pausas que acabei por quebrar ao dizer que agora andava a trabalhar com morcegos, e que andavamos a captura-los com redes. A conversa continuou enquanto observávamos as bichinhas, e não consegui deixar de encarar o futuro com esperança e um sorriso quando o sr. comentou que 'hopefully you two will be doing some great work together'. Era bom. Ficaria feliz :) Porque sempre achei que mais do que um casal, poderíamos ser uma equipa. Uma boa equipa na realidade. Cada um com os seus pontos fortes e fracos, mas que possivelmente se complementam. O futuro o dirá. A tarde deu para recolher apenas mais meia dúzia de novas anilhas, mas deu lugar a uma muito especial. Não de uma gaivota, mas de uma cegonha :) Terá sido marcada há alguns anos, ainda enquanto estava no ninho, e agora ali estava ela já crescida e não muito longe do local onde nasceu :)

Por essas três e meia demos a sessão por terminada e decidimos regressar. Despedimo-nos do Peter e ficámos de partilhar os dados. Vamos ver quanto tempo demora a receber a info dos bichinhos! Ele terá seguido para Mira, e nós para Coimbra. Passo toda a gente à frente na fila e consigo apanhar o bus para casa just in time! Foi um dia bem passado e com boa companhia :) houvesse mais deles assim :)

sábado, 2 de novembro de 2013

Love is a Quantum Event

"We experience it as an emotion, but the feeling of love, the desire to be close to the beloved, is actually an unconscious expression of the dynamic nature of sub-atomic particles eternally trying to regroup into the singularity that was their primordial state before the Big Bang blew them apart."


I guess that's why I feel like I'm being torn apart everytime we say goodbye...?

domingo, 27 de outubro de 2013

Will to live

O que é que se faz quando as 2 pessoas mais importantes da tua vida não têm vontade de viver? E enquanto uma ainda se vai agarrando ás poucas coisas que a fazem sentir alguma coisa, a outra parece simplesmente cumprir com a sua rotina enquanto espera avidamente pelo seu dia. Serei eu a única pessoa sensata nesta família? A sério que não acho isto normal. Não posso dar vontade ás pessoas de quererem fazer coisas, procurarem ser felizes. Mas como é que posso simplesmente vê-las a deixar escapar as suas vidas?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Conselho de pai

"Caga nos gajos q n gostam de ti como tu és e nunca faças o mesmo"

Noted.
Felizmente tenho feito isso a minha vida inteira :)

domingo, 20 de outubro de 2013

awww :)

"Mudar de Vida

Na casa onde ele vive não há computador, nem televisão ou aquecimento elétrico. Em contrapartida, há papel de carta, canetas, uma lareira.

A casa está plantada sobre uma ravina, entre outras, caiadas de branco, e tem um pequeno terraço onde ele vai acabar o dia a apreciar o Sol a pôr-se atrás do mar, enquanto fuma um cigarro sem pressa. À noite, acende a lareira, se for Inverno e fizer aquele frio húmido da nortada, capaz de enregelar um homem até aos ossos. E escreve-lhe sempre uma carta a dar-lhe conta das incidências da vida, dos seus pensamentos.

No seu apartamento, na cidade, ela desliga a televisão depois do jantar, põe um cd a tocar, lê a carta dele e responde-lhe.

Em tempos, ele também viveu na cidade. Trabalhava numa grande empresa e alimentava-se da adrenalina do quotidiano. Era frenético, a fazer contactos, a transbordar de entusiasmo, a convencer clientes, a correr atrás de resultados, apostado em ser o melhor. Era só ele, a agitação do trabalho, a vida boémia pela noite fora, muitos cafés pela manhã, almoços com clientes, reuniões sem fim, jantares tardios. Mas, de repente, tinha quarenta anos e a sensação de que a vida, a verdadeira vida, passara por ele. Largou tudo, partiu.

Agora vive nesta vila caiada de branco sobre o mar e ocupa-se da sua loja de artigos desportivos. Deitou fora os fatos, as gravatas, vai à praia à hora de almoço com uma prancha de surf.

Conheceu-o quando entrou por acaso na loja, num fim-de-semana comprido que a trouxe à vila com duas amigas, no início do Verão passado. Teve uma aula de surf com ele, jantaram no restaurante da praia, trocaram endereços com a promessa de se escreverem em breve. Ele cumpriu a promessa, ela respondeu-lhe e nunca mais pararam.

Ela regressou à vila com um saco no carro, preparada para passar três dias em casa dele. Aceitou o seu convite, embora pensasse que era um erro. Na verdade, conhecia-o mal e não estava certa de que fosse boa ideia aprofundar a relação, pois teria de partir novamente e moravam longe um do outro.

Mas os três dias transformam-se em seis meses e, não obstante ter-lhe dito em todas as cartas que nunca deixaria a cidade, acabou por largar o emprego e vender o apartamento. Agora vive com ele, ajuda-o na loja e pretende voltar a fazer surf depois de o bebé nascer. Ainda lhe parece difícil acreditar que fez tudo ao contrário do que pretendia, que deixou tudo por ele, mas está feliz e aprendeu que, afinal, não havia nada suficientemente importante para a impedir de mudar de vida, para melhor. "

Por: Tiago Rebelo

sábado, 19 de outubro de 2013

See you later...!

 

E é bom estar de volta ao meu ainda recente cantinho. Acordar com a chuva a bater na janela e poder ficar simplesmente a preguiçar, enquanto o mar e o vento rugem lá fora. Sabe bem... muito bem :)

Nos próximos meses vou andar por aqui... não sei se já a trabalhar, se em pseudo-férias, mas hei de descobrir brevemente. E começa uma nova fase!

Para trás ficam 6 loucos meses de campo e mais de 1000 tadarida!

Até para o ano bichinhos! Vou ter saudades vossas =D







domingo, 13 de outubro de 2013

Fragância humana

Incrível como os sentidos brincam connosco. Como nos confortam e iludem. Como quando te procuro na noite e tudo o que encontro é o aroma que deixaste entranhado ao meu redor. E respiro-o com satisfação, como se o facto de ali sentir a tua presença me deixasse mais perto de ti. E deixa. E fecho os olhos, e apesar das saudades do teu calor, adormeço em paz.

domingo, 6 de outubro de 2013

Wavy Sea

Tenho andado tão desaparecida... e apesar de tudo com tantas coisinhas por contar. Mas tem-me faltado a vontade. Vá-se lá perceber bem porquê. Talvez porque tenho andado contente e satisfeita. Embora numa felicidade algo inconstante. Ou melhor... frágil. De quem ainda vai aos poucos tentando recuperar a confiança, mas sem querer criar ilusões. De quem ainda não sabe se tomou a decisão certa, mas que está disposta a ir um bocadinho mais longe para descobrir. De quem apesar de temer estar a cometer um erro, se sente demasiado bem para deixar de tentar.

E é isto... um dia de cada vez... uns melhores, outros piores. Hoje, entusiasmada, para a semana não sei. A verdade é que há coisas que só fazem sentido quando partilhadas. E esta coisa de seguirmos vidas paralelas, que apenas se cruzam aleatoriamente, sem nenhum plano a longo prazo de o que faremos com elas, dá cabo de mim. Porque uma coisa é viver sabendo que daqui a 'x' tempo as coisas mudam, outra é viver 'x' tempo sem saber se alguma vez irão mudar.  E se fosse uma qualquer, talvez dissesse que assim não dá, e seguisse (in)felizmente o meu rumo. E talvez fosse melhor para os dois. Mas não consigo. Pior que isso. Não quero. E a resposta ao porque não quero assusta-me. Faz-me interrogar-me se estarei maluca. E talvez esteja. Mas adiante.

Amanhã é dia de partida. Regressar ao Porto para a última temporada de campo do ano. Vão ser mais duas semaninhas a apanhar morceguinhos. Tenho que admitir que me vai saber bem dar por terminada a época de campo. É muito tempo de um lado para o outro e "sem vida". Vai saber bem desfrutar do outono e do inverno, recolhida no aconchego da rotina. Pelo menos no início. Que se bem me conheço, ao fim dum mês já vou estar em pulgas para voltar aos Cerejais. Mas pronto. Uma coisa de cada vez. Esta próxima semana avizinha-se bastante agradável, com companhia extra bastante bem vinda :) a ver se a aproveito mt bem :)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Coisas de mães?

Hoje (e para não variar muito) a minha mãe ligou-me estava eu a começar a jantar. Conversas engraçadas as que a minha mãe tem por vezes comigo. Falamos disto, daquilo e daquele, tudo normal até que, na ausência de tema, ela se vira e pergunta:
'tu hoje não estás bem filha, pois não? pareces triste...'
Ao qual eu fico surpreendida pela pergunta e respondo genuinamente 'não... tá tudo bem mãe...!'.
'tens a certeza? é que pareces-me triste... tu nunca falas comigo nem me contas nada, mas pronto. tu é que sabes. fazia-te bem desabafar. sabes que podes contar comigo'.
'sim mãe, mas tá tudo bem!'.
'pronto... ainda bem que contigo está sempre tudo bem e q não tens problemas nenhuns. tens q dar graças ao universo de teres uma vida tão afortunada em que tudo te corre bem'.
'oh não é isso, mas há q aceitar as coisas como elas são não é?'
'pois claro... isso é muito bonito em palavras, mas nem sempre é mt fácil de por em prática filha'
' oh pois tá bem... mas pronto, não é razão para uma pessoa deprimir'
'claro é preciso ter força. e ás vezes é preciso cometer o mesmo erro várias e várias vezes para finalmente nos apercebermos q estamos no caminho errado. e pode custar muito na altura, mas depois o tempo passa e quando olhamos para trás vemos que foi a melhor decisão que tomámos. o tempo cura tudo.'

wait... what? estamos a falar de quê mesmo mãe? é q eu não disse nada... mas tu tens uma tendência estranha de atirar para o ar e acertar em cheio O.o não q eu ande triste, muito pelo contrário, mas vá.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Fallen

Porque todos cometemos disparates e uns cometem mais que outros, heis que posso ter caído novamente no mesmo erro e voltado à estaca zero destes meus últimos meses. A questão é que apesar do tempo e da distância, há coisas que continuam a ser demasiado importantes para simplesmente as deixar passar, me afastar e não querer mais saber. E posso ter feito uma grande asneira... assim daquelas que nos arrependemos já tarde de mais. Nada que o meu cérebro não me tenha avisado. Mas... optei por ceder e deixar-me levar, porque embora não saiba explicar porquê, a verdade é que mexem comigo. Não posso é esquecer-me que não sou a mesma de há 7 meses atrás, e muito menos a de há 4 anos. Ou pelo menos, não quero ser. Porque há coisas que embora perdoadas e esquecidas, nos marcam e bem. Há situações pelas quais não queremos voltar a passar e coisas que não queremos voltar a viver. Falta portanto colocar os pontos nos i's a fim de evitar cair no mesmo... o problema é... haverá alguma solução para esta complicada situação? Não sei... sempre acreditei q sim, ou não estaria aqui hoje. Sempre achei que quando se gosta, arranja-se maneira, e que tudo é uma questão de prioridades. Mas também sempre tive consciência que só assim é, quando ambas as partes pensam e sentem da mesma maneira. E que quando só um rema o barco rodopia e não sai do lugar. E de estar parada já eu estou farta... daí que ou remamos os dois, ou decidimos duma vez por todas ir cada um à sua vida.


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Há dias

Há dias em que simplesmente me apetece mandar certas pessoas à m****. Simplesmente porque estou cansada. Cansada de ser tão permissiva. Cansada de ser tão totó. E a vontade nestes dias é de simplesmente ir-me embora, partir rumo ao desconhecido e fazer algo totalmente inesperado, dizendo adeus a tudo e a todos. Assim... sem mais, nem menos. Afinal, quem é que manda na minha vida? Eu ou os outros?

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

^.^

ver o paizinho a tocar jazz e não conseguir deixar de se sentir orgulhosa :)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Funny things

Estarmos com uma pessoa que já não víamos há uns bons 7 anos como se não nos víssemos há umas semanas. Life's a bitch they say. E é... espalha-nos pelos 4 cantos do mundo assim de mansinho e quando damos por nós, as pessoas q nos são/foram importantes estão a centenas de km de distância e só as conseguimos/podemos ver assim muito raramente.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mães

E é assim... uma pessoa passa 1h ao telefone e vêm logo as boquinhas.

Mãe: essa vossa relação é muito esquisita.
eu: mas qual relação mãe? já não há relação nenhuma....
Mãe: então, mas continuam a falar imenso um com um outro e passam horas ao telefone. É porque há alguma coisa, ou têm muito em comum.
eu: sim mãe, e então?
Mãe: mas tu gostas dele?
eu: sim mãe, é bom rapaz
Mãe: oh não é nada disso q estou a dizer, bem sabes a q me refiro.
eu: gosto dele, mas não temos tempo de estar um com o outro, q queres fzr?
Mãe: quando se ama, há sempre tempo para estar com a pessoa

.....

e pronto... contra factos não há argumentos.... >.<

só resta saber se as coisas são realmente assim tão simples... é que se sim, eu sou uma grande parva. Não que seja alguma novidade. Mas pronto... passava bem sem estas bofetadas da vida.

a questão que se coloca então é... como é q se deixa de gostar de alguém? é que sempre ouvi dizer que o tempo curava tudo, mas no meu caso a única coisa q curou até agora foram as mágoas... porque o resto... bom, o resto continua cá tudo... talvez um pouco adormecido pela distância e falta de contacto, mas sempre presente... enfim... há coisas q nunca mudam.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Why I don't drink

Sempre que conheço pessoas novas, sempre que vou jantar/sair a algum lado, repete-se o ritual. Pouco depois repetem-se as questões... 

Mas já provaste? Não gostas? Porque é que não bebes então? Prova só um bocadinho! É bom, este é docinho! Que raio de rapariga, não come carne, não bebe café, não bebe alcool, não tens piada nenhuma. 

A creatividade é tanta que normalmente já sei o que me vão dizer... E se normalmente me fico pelo "porque não me apetece. nunca tive curiosidade de experimentar e só o cheiro mete-me nojo (e mete!)", a verdade é que há todo um outro conjunto de razões das quais me tenho vindo a aperceber com o tempo e as quais raramente me dou ao trabalho de partilhar.

A verdade é que toda a minha família tem um historial um tanto para o triste. Pai que bebe demais, passa as noites fora de casa a estourar o dinheiro que tanto custou a ganhar à minha mãe e os dias inutilmente a dormir, só faz disparates e chateia-se com toda a gente, avó paterna que devora garrafões de 5L de vinho às escondidas e volta e meia está no hospital, avô e avó maternos que passam as tardes nos copos e depois descarregam em todos ao seu redor, e bisavós idem-aspas. É um historial longo, de várias gerações, de pessoas com problemas em controlar-se no que a esta bebida mágica diz respeito. Evitado será dizer que vi muitos natais amargurados por este solta-línguas, mas pior que isso, vi como arruinou a vida do meu pai e como fez sofrer a minha pobre mãe...

Penso assim que será compreensível o facto de nunca ter tido a menor curiosidade em sequer experimentar. E se por vezes me interrogo como seria a minha pessoa com os copos, e de como até seria agradável conseguir "libertar-me" uma vez por outra, depressa me lembro que se calhar não é muito boa ideia. Que os genes que trago comigo são demasiado propícios ao desastre. E que embora acredite na minha capacidade de auto-controle, nunca vi esta bebida trazer felicidade a ninguém, no mínimo, algumas figuras tristes, e uma carteira bem mais leve.

Se me divirto? Divirto :) e bastante! Pode é ser com coisas parvas sem piada nenhuma. É a vida. E se a minha fosse igual à dos outros, não teria graça nenhuma :)

Express yourself