Mini-férias. Micro-férias. Pseudo-férias. Amostra-de-férias. Ou simplesmente férias, já que a palavra em si não tem qualquer implicação em termos de tempo. Foram 4 dias, que se podem resumir a 2 e meio, se pensarmos no que pôde ser aproveitado em actividades lúdicas ou de simples preguiça.
Destino? Góis, pois tá claro.
Já perdi a conta aos anos em que conheci esta agradável vila, mas mais de 10 já lá vão com certeza. Desde então, sempre que o tempo e as finanças o permitem, lá vamos nós. Às vezes 2 dias, outras vezes mais, outras menos. O importante mesmo é podermos dar um saltinho a este pequeno paraíso terrestre para recarregar as baterias.
Não sei bem dizer o que tanto me atrai a este cantinho de Portugal, mas o que é certo é que os anos passam, e o fascínio permanece. Curioso foi descobrir, que para além de laços afectivos, de simples turista que se apaixona por terras alheias, eu estava já ligada por sangue a este local muito antes de o conhecer. São aquelas curiosidades curiosas, que nos fazem pensar no porquê das coisas, embora sem chegar a nenhuma conclusão.
Há para mim em Góis uma magia inexplicável... que nunca consegui encontrar em mais nenhum lugar. Não se resume ao rio, nem à serra, mas sim à perfeita conjugação dos dois... A sensação de me adentrar pelas suas misteriosas e refrescantes águas, encontra-se muito além das minhas capacidades descritivas. No meu escasso vocabulário, posso dizer que é como se eu, a água e a floresta, nos tornássemos um único ser, em perfeita sintonia. Eu, parte da água, o pulsar de vida, parte de mim.
E assim foram estes últimos dias. Segunda e quarta, abençoados com sol. Terça, trovoada, procedida de um agradável passeio de kayake, e chuvas torrenciais como há muito não presenciava, que só serviram mesmo para nos estragar a tarde e molhar o interior da tenda, incluindo colchões, sacos de cama e almofadas. Faz parte =) E se não fossem estas aventuras, acampar não tinha a mínima graça.
Na esplanada à beira-rio, as habituais trutas entretiveram-nos com a sua presença, mas o mais engraçado mesmo era senti-las a mordiscar-nos as pernas e pés, enquanto permanecíamos imóveis na água.
Por agora acabou, para o ano esperemos que haja mais =)