sábado, 23 de abril de 2011

Coisinhas

Vista panorâmica da minha janela =)
Ok. Não é que eu não tenha nada para fazer, nem nada que se pareça. Antes pelo contrário. Mas pronto... Apeteceu-me =) Momentos antes da foto andava um peneireiro a passear-se por estas bandas e não pude deixar de abandonar o computador para o ir espreitar com mais atenção até desaparecer no horizonte. Já é a segunda vez que o vejo em 4 dias. Isso e três buteos com um deles a ser escorraçado daqui para fora. É a vida =P

Em contagem decrescente para a viagem, já consegui acabar (mal e porcamente) o trabalho de Biodiversidade de Ecossistemas Terrestres e tenho agora que fazer o de SIGs. Quero féeerias =D Daquelas em que não se tem mesmo nada para fazer!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Parvoíces de quem se calhar deveria começar a dormir menos e a levantar-se quando acorda

Ás vezes queremos muito uma coisa. Lutamos todos os dias connosco próprios para termos calma e sabermos esperar. É uma batalha difícil esta. A de conseguir acalmar o coração. Dizer-lhe que se controle e que tenha paciência. Que não desespere, mas também que não se entusiasme demasiado. E tudo corre bem e mal. Uns dias mais, outros dias menos. Mas a vida continua. O pior é quando a nossa própria cabecinha começa a gozar connosco. E lá vêm os sonhos. Malditos. Brincam com os nossos sentidos sem a menor das preocupações. E parecem tão reais que acordamos com a sensação que acabámos mesmo de vivenciar tudo aquilo, não fosse o facto de estarmos deitados na cama e acabado de abrir os olhos. E mete raiva. Muita. Porque acorda-se com uma felicidade estúpida que é rapidamente abalada pela realidade. Tudo não passou de um sonho... mas o desejo que fosse real é tão grande que o auto-controle desvanece-se e não conseguimos deixar de pensar nos fantasiados acontecimentos. Bah... raios parta os sonhos. Engolir a realidade já dá trabalho, quanto mais ainda ter que digerir o imaginário.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Qualquer coisa só por dizer que isto tem um título =P

Há coisas que realmente nunca mudam. E há outras também que levam uma eternidade para mudar. Nem que seja porque no fundo não queremos que mudem... Se formos a fazer bem as continhas... já lá vão 3 anos e meio. E se por um lado passou a correr... por outro parece que já foi há uma eternidade. Se podia sequer imaginar o rumo que as coisas íam tomar...? Nope. Expectativas = 0. Mas a vida ás vezes surpreende-nos =) E faz-nos a vontade por breves momentos, nem que seja só para nos colocar obstáculos a seguir. Como se costuma dizer "não dá ponto sem nó". Mas também dizem que "há males que vêm por bem". Sinceramente... o que for será. Sei bem que rumo gostaria que as coisas seguissem. Sei bem que tenho que ter calma também. E se de certa forma até gosto de como as coisas estão, também sinto falta de outras que já lá vão. Mas faz parte suponho. O pior mesmo é este medo pequenino (grande...? xD) of how things will turn out... mas aqui estou eu para enfrenta-lo =P I just have to take it easy I guess =) No final das contas... não é o fim do mundo =P E posso até dizer que estou bastante entusiasmada =) Stresses familiares e bloqueios literários à parte, as perspectivas para as próximas semanas são até bastante agradáveis =) passeiozinho até terras marroquinas não é coisa que aconteça todos os dias! Muito menos para apanhar bichinhos...Vai ser giro =D Tenho é que meter esta cabeça no sítio, concentrar-me bem e fazer o que tenho a fazer (isto de passar dias para escrever meia dúzia de linhas não rende). Pode ser que isto sob pressão vá lá. O melhor vai ser conciliar isso com o encaixotar o meu quarto xD Mas não há de ser nada!! 


sábado, 16 de abril de 2011

Faia Brava e Campanários de Azaba

E é com pena que escrevo tudo isto já em terras não pertencentes ao Riba-Côa, mas a vida é assim mesmo e não tenho razões para me queixar :)

Pois bem, estava já eu deitadinha na caminha na terça-feira, quando me batem à porta a avisar de novas alterações de planos. Encontro na sede ás 11h em vez das supostas 9h. Hmm... e eu que queria lá estar muito antes disso. Mas pronto... que remédio. As rãs a cantar e um morcego  com os seus estalidos metálicos atrasam-me o adormecer, mas ás 7h30 da manhã já não consigo estar mais na cama e levanto-me. As andorinhas passeiam-se lá fora, assim como os estorninhos e os pardais. Os serinus voltam e meia também por ali param a cantar, assim como um ou outro verdilhão. Viva a qualidade de vida :) 


Visto-me, ando para trás e para a frente, vou para o jardim ver os bichinhos e acabo por decidir ir para a sede. Por lá já se encontrava a Sílvia de volta de cadernos de campo para a criançada e a precisar de ajuda, pelo que lá dou uma mãozinha. Organizar as folhas, dobra-las e agrafa-las são as tarefas, e não fosse a impressora decidir comer folhas e o agrafador prender agrafos, teria corrido tudo bem. Mas lá nos desenrascámos com alguma paciência e persistência. 


As 11h passaram entretanto para 14h, e os supostos 4 técnicos da Fundación Naturaleza y Hombre ficaram reduzidos a 1 que por sinal é português(a) e é a única que conhece a reserva. Coisas combinadas com mais de 3 meses de antecedência dão nisto xD Almocinho no Ponto de Fuga á conta da ATN e seguimos nós para a Faia Brava. Para grande pena minha para o lado de Cidadelhe (era a única parte que a rapariga não conhecia), mas ao menos andamos na parte gira. Paragem obrigatória na ponte para a observação do Côa e de mais meia-dúzia de bichinhos que por ali andavam. Houve quem até acreditasse ter visto um melro das rochas, mas isso nunca se saberá. Durante o passeio, os bichinhos do costume (saudade estranha de ouvir o cantar repetitivo dos tentilhões), mais um coccothraustes e uma cegonha-preta. Foi giro :) As luscinias já se ouviram um pouco por toda a parte, mas estranhamente... nada de grifos no ar. Aventuramo-nos pelas arribas (para depois ouvirmos do joão por andarmos perto do ninho da águia-real xD) e depois lá acabamos por voltar. Estava a precisar disto. Muito :) É uma liberdade difícil de explicar. Uma sensação de descontração difícil de controlar. Uma felicidade difícil de atingir. Quem me dera poder ficar por aqui!!! 


De volta ao carro fazemos o regresso por Algodres. Intercâmbio que é intercâmbio tem que passar pelo sr. Henrique! Em vez do caminho normal seguimos pela terra batida e vamos apreciando a paisagem e as aves de rapina que connosco se cruzam. Calçada, cobreira e um tartaranhão-caçador fazem-nos parar o carro para as observar, mas seguem rapidamente viagem. No sr. henrique, sou recebida com grande entusiasmo :) e depois de joys de laranja, gelados e minis, voltamos para Figueira. Tralhas arrumadas à pressa, nada de banhos ou mudas de roupa que não há tempo, e Espanha aqui vamos nós. 


Perto de Espeja esperava-nos uma antiga estação ferroviária, agora recuperada para turismo rural. A área envolvente é outro mundo. Árvores até perder de vista e centenas de abelharucos a tagarelar são uma visão no mínimo incomum. No dia seguinte acordo cedinho para ir ver a passarada, mas nada de hortensis para estas bandas, só os bichos do costume. Já no regresso, mais uma cegonha-negra só para animar. Nos campanários de azaba também nada de especial. 


Mas foi giro :) é um ambiente diferente. A piada mesmo foi andar as últimas semanas a ler sobre montados e dehesas e agora ir visitar uma tipica dehesa espanhola :) Pessoalmente continuo a preferir a paisagem agreste do vale do côa, com os seus muitos calhaus, matos e sobreiros perdidos. É mais variado :) e teria muito mais para contar sobre esta tão agradável viagem... mas não me apetece, e sem fotos (os cabos estão em casa) também não tem tanta piada. 


Para balanço final não consegui ver hortensis nem papa-figos (este só o ouvi), assim como nada de águias imperiais (fui enganada!), ao menos os abutres-negros deram o ar da sua graça, mas já em terras lusitânicas :) E é assim... espero voltar em junho ou julho, quem sabe para um campo de trabalho, ou só uma visitinha :) Logo se vê :)  

Back to Porto o fim de semana nem começou mal, com uma sessão de anilhagem no Parque Biológico de Gaia. Os bichos foram poucos, mas já era de esperar. Não conhecia era o parque, mas tenho a dizer que é muito bonito :) Espero poder ir lá um dia com mais tempo só passear :) Por agora é pensar em acabar os trabalhos (o melhor mesmo é faze-los xD), e preparar as coisinhas para a viagem a terras marroquinas! Há pessoas com sorte... e eu devo ser uma delas =) numas coisas mais do que outras... mas não se pode ter tudo!
 
(Que testamento que para aqui ficou... eu bem digo que sem fotos não é a msm coisa xD) 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Figueira!

Estação da Campanhã. Destino: Pocinho. Sentada no comboio não consigo controlar-me e deixo escapar um grande sorriso. Figueira de Castelo Rodrigo aqui vou eu =) Ai ai que saudadinhas daquele canto agreste! De phones nos ouvidos para facilitar as 3h30 de viagem, perco-me na paisagem e vou sonhando. E recordando. Boas memórias não me faltam e o entusiasmo é mais que muito =) A mente acaba por correr inevitavelmente para outras paragens… viajo para longe. Um futuro incerto, mas que gostava de ver realizado. Sei que penso demais. Sempre pensei demais. E levei as coisas demasiado a sério. Mas que posso fazer? É da minha vida que estamos a falar… e tanto quanto me é possível apreciar de momento, só tenho uma. E como tal há que fazer dela o máximo que consigo/quero.  Bichinhos pelo caminho não foi muito fácil. Um ou outro milhafre… aquilo que penso ter sido um casal de bonelli, mas alto no céu, sem binóculos e com a minha nabice à mistura, não há como saber. No pocinho esperava-me não o habitual autocarro, mas sim um mini-bus. Realmente para a quantidade de clientela não havia necessidade para uma coisa tão grande. A antecipação vai crescendo pelo caminho e vou devorando a paisagem que me corre na janela. Nas aldeias, andorinhas e mais andorinhas, muitas Delichon urbica, as quais ainda não tinha visto este ano.  Chegada a Figueira, lá sigo eu a tão familiar rua até "casa".  Posso dizer "que saudadinhas :)" outra vez? Acho que sim :D No quintal esperava-me obviamente o Anúbis, que me recebeu muito calorosamente! As pessoas do costume sempre bem dispostas :) Fiquei assim a saber que as hortensis já chegaram, e que o plano de viagem foi alterado, pelo que primeiro vamos à Faia e só depois aos Campanarios da Azaba. Não vou sair daqui satisfeita se não vir claro está a hortensis na Faia e Abutre-negro e Águia Imperial nos Campanários =D fora todos os outros bichinhos, habitantes daqui e que já não vejo há quase um ano. Amanhã vai ser dia de por os sentidos a teste e ver se ainda me lembro alguma coisinha dos cantos dos bichinhos :) e como não há 2 sem 3: já tinha saudades deste cantinho e destas pessoas descomplicadas :) Bem… caminha :)

domingo, 10 de abril de 2011

O que diz a tua letra da tua personalidade?

Ok, eu sei que tenho mais que fazer. Mas pronto... uma pessoa também tem que se entreter ou dá em doida. Pois então... que diz a minha letra da minha personalidade? loool

O meu perfil:
Um tipo de letra desproporcionado revela uma excelente capacidade para manter a calma em situações de pánico. Não importa que o mundo acabe amanhã. Não sabes porquê, mas consegues controlar e superar os teus nervos em todas as situações e isto é uma enorme vantagem.

Um tipo de letra inclinado para a esquerda mostra uma pessoa introvertida. Tens uma necessidade de isolamento e apego à tua familia. És também uma pessoa persistente que não desiste fácilmente.

Uma assinatura legível mostra uma forte personalidade. Não precisas de te apoiar numa imagem para te expressares a ti mesmo. A tua assinatura é um símbolo de afirmação e confiança em ti próprio.     


O teu «I» maiúsculo mostra que és uma pessoa honesta e verdadeira. Não te arriscas a dar uma opinião sobre algo que não tens a certeza absoluta que seja verdade. Normalmente ninguém questiona algo que digas, e se o fazem, é com pouca determinação.


 O teu ponto sobre o "i" mostra-nos que és uma pessoa que gosta das coisas no seu devido tempo. Preferes divagar e gostas da lentidão das coisas. Adaptas-te às coisas como um camaleão e de uma forma que ninguém entende.

 
O «e» Grego expõe uma pessoa que procura a harmonia na vida. És harmonioso tanto com os teus familiares como com os teus amigos. És o porto de abrigo de muitos porque só tu contagias com a calma e estabilidade que todos precisam.



Um arco fechado indica um óptimo senso comum. És sensato no que fazes e tens os pés bem assentes na terra. Evitas demasiada filosofía sobre as coisas.



Curiosamente (ou não?), concordo com a maioria das coisas, excepto talvez a última parte do último ponto... mas pensando bem, conheço pessoas que complicam bem mais do que eu, por isso... hmm talvez lol.

Enfim... é o que dá um Domingo à tarde metida em casa :) 

sábado, 9 de abril de 2011

Palavras de quem tem mais que fazer mas não consegue...

Eu tento. Juro que tento. Mas a minha mente acaba por correr inevitavelmente para locais que tenho trancado à chave vezes e vezes sem conta. E lá está ela a bater à porta feita tola. Estilo gato que não suporta portas fechadas. Será que ela não entende que além dessas portas não existe nada que valha a pena? Apenas um mundo frio e escuro... onde apenas a tristeza floresce? Onde rios de águas negras correm para um oceano turbulento e vazio? E não queria. Tenho lhe dito que vá passear para outros lados, mas ela é muito teimosa. Saiu à dona suponho. E tenho saudades. Saudades de quando esse mundo era cor-de-rosa. E a minha mente corria para lá para se refugiar. Quando cada palavra era um puzzle, cada passo uma aventura, cada gesto uma ousadia. Tenho saudades de quando percorrer esse mundo não era nada mais do que sonhar. Porque será que não consigo trancar esse mundo de uma vez por todas? Reconhecer que morreu e seguir a viagem que é a vida? Porque continuo a ter esperança que um dia possa voltar a ser colorido? Porque é que não consigo lançar fora as chaves e ignorar o que o futuro lhe possa reservar? Porque é que me forço a reviver tudo o que foi e a lamentar o que já não é? Porque é que não consigo manifestar interesse pelos outros mundos que me chamam, também eles de certo repletos de histórias para contar, aventuras para viver, alegrias para sonhar...? Sim eu sei. Já estava na altura de eu ganhar juízo. Mas não consigo... nem quero (por mais estúpido que possa parecer e por mais sofrimento que isso me tenha vindo a trazer). Devo ser muito masoquista é o que é. Pode ser que com o tempo me esqueça onde guardo as chaves... se bem que o que eu gostava mesmo... era de lhe arrancar a fechadura... e a porta... e descobrir que afinal, nem tudo está perdido... e que com algum esforço e dedicação este mundo pode ser reconstruido... não igual ao que foi, mas melhorado... reinventado. Is it worth it? I don't know... But I can't help feeling it is =/
 

Kairi - Andante sostenuto



Sweet nostalgia overruning me ^.^


sexta-feira, 8 de abril de 2011





 "O que nunca ninguém diz, porventura com medo de parecer vaidoso, é que a inteligência tem um preço: a solidão"

(Nuno Lobo Antunes)



Será? 


 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tristeza

Belos valores andamos a ensinar ás criancinhas... nem quis acreditar muito bem quando vi/ouvi a música "Amor" no zigzag. No meu tempo contavam-se contos de fadas, histórias de encantar, onde o amor vencia tudo e todos quando verdadeiro. Pois bem, esta bela musiquinha ensina aos crianços que o amor é muito bonito, mas só quando há €€€ no bolso. Ora vejam a letra:

O amor faz suspirar
O amor é um arrepio
O amor põe-te a sonhar
Mas sem isto
(Típico som do dinheirinho "cachim" acompanhado do belo esfregar do polegar contra o indicador)
Acaba frio

O amor faz navegar
O amor é um grande rio
O amor rouba-te o ar
Mas sem isto
(Típico som do dinheirinho "cachim" acompanhado do belo esfregar do polegar contra o indicador)
Acaba frio

Podes ter a mais bela paixão
E até fazer poesia
Que a paixão emagrece
A poesia esquece
Se tens a barriga vazia

O amor leva-te ao céu
O amor é um desvario
Tem um gostinho a mel
Mas sem isto
(Típico som do dinheirinho "cachim" acompanhado do belo esfregar do polegar contra o indicador)
Acaba frio

O amor é uma emoção
O amor é um desafio
O amor é um vulcão
Mas sem isto
(Típico som do dinheirinho "cachim" acompanhado do belo esfregar do polegar contra o indicador)
Acaba frio

Podes ter a mais bela paixão
E até fazer poesia
Que a paixão emagrece
A poesia esquece
Se tens a barriga vazia 


Quais aladinos, pequenas sereias, cinderelas, etc. Agora o que é preciso é ter a carteira recheada, ou então esqueçam lá os príncipes encantados.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Can you feel the wind of change?


Cultivate your hunger before you idealize.
Motivate your anger to make them all realize.
Climbing the mountain, never coming down.
Break into the contents, never falling down.

My knee is still shaking, like i was twelve,
Sneaking out of the classroom, by the back door.
A man railed at me twice though, but i didn't care.
Waiting is wasting for people like me.

Don't try to live so wise.
Don't cry 'cause you're so right.
Don't dry with fakes or fears,
'cause you will hate yourself in the end.

(repeats)

You say, 'dreams are dreams.
'i ain't gonna play the fool anymore.'
You say, ''cause i still got my soul.'

Take your time, baby, your blood needs slowing down.
Breach your soul to reach yourself before you gloom.
Reflection of fear makes shadows of nothing, shadows of nothing.

You still are blind, if you see a winding road,
'cause there's always a straight way to the point you see.

Don't try to live so wise.
Don't cry 'cause you're so right.
Don't dry with fakes or fears,
'cause you will hate yourself in the end.

(repeats)