Ás vezes queremos muito uma coisa. Lutamos todos os dias connosco próprios para termos calma e sabermos esperar. É uma batalha difícil esta. A de conseguir acalmar o coração. Dizer-lhe que se controle e que tenha paciência. Que não desespere, mas também que não se entusiasme demasiado. E tudo corre bem e mal. Uns dias mais, outros dias menos. Mas a vida continua. O pior é quando a nossa própria cabecinha começa a gozar connosco. E lá vêm os sonhos. Malditos. Brincam com os nossos sentidos sem a menor das preocupações. E parecem tão reais que acordamos com a sensação que acabámos mesmo de vivenciar tudo aquilo, não fosse o facto de estarmos deitados na cama e acabado de abrir os olhos. E mete raiva. Muita. Porque acorda-se com uma felicidade estúpida que é rapidamente abalada pela realidade. Tudo não passou de um sonho... mas o desejo que fosse real é tão grande que o auto-controle desvanece-se e não conseguimos deixar de pensar nos fantasiados acontecimentos. Bah... raios parta os sonhos. Engolir a realidade já dá trabalho, quanto mais ainda ter que digerir o imaginário.
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