terça-feira, 29 de novembro de 2011

Trying

Trying... I'm trying. Trying to keep it all together. Trying to keep myself from falling apart. Trying to be strong. Trying to live each day at a time. Trying not to worry about the future. Trying not to overreact. Trying, trying, trying, trying. But terribly failing at it. Maybe I just need a deep breath...

sábado, 26 de novembro de 2011

Foz

E o post vem tarde eu sei, mas estava com preguiça de escrever =P não sei ao certo que vou escrever também, mas alguma coisa há-de sair :)

No fim de semana passado, depois de acordar com um estonteante céu azul lá fora (e de ter aqui vindo reclamar do mesmo eheh) lá fui dar a minha voltinha até à Foz. A caminhada foi muito agradável e a paisagem e os bichinhos foram-me entretendo. Muitas gaivotas, guinchos, e algumas sternas, assim como corvos marinhos e meia-dúzia de garças-cinzentas. As rolas-do-mar também andavam um pouco por toda a parte a passarinhar entre as rochas e/ou junto à rebentação. São bichinhos engraçados e o padrão que formam quando meia dúzia decide levantar voo é também bastante bonito, já para não falar do som que fazem :) Para não variar muito (e embora desta vez levasse o guia atrás) vi coisinhas que não consegui identificar no momento, mas que mais tarde vim a descobrir o que eram. Não eram com certeza rolas, nem me pareciam calidris, mas apesar de ter folheado o guia não estava a encontrar nada parecido... naba eu sei... mas isto há-de lá ir com o tempo :) Eram maçaricos-das-rochas eheh e para não falar só de bichos com penas, vi também bichos com pelo, e grandes! quase pareciam coelhos x] vá, nem tanto... mas eram grandinhas as ratazanas :P nunca as tinha visto assim em plena luz do dia e não consegui deixar de me surpreender com o à vontade com que andavam por ali.

A jornada foi longa, mas teria durado muito menos tempo com certeza se eu não tivesse parado tantas vezes. Ora a observar os bichinhos, ora a tentar fotografa-los, ora sentada a contemplar a paisagem e a pensar na vida, ora a caminhar descalça pela areia feita tola e a molhar os pés. Ah mas soube-me tão bem :) já tinha saudades do mar e da sua força. Daquele seu jeito agreste e bravio de quem faz o que quer e bem lhe entende. As ondas estavam brutais e rebentavam com toda a força no pontão, molhando sem o mínimo apreço as almas mais corajosas que tentavam chegar ao Farol. Eu deixei-me ir pela linha da costa, ora com os pés na água, ora com os pés na areia a afugentar o gaivotedo e as rolas que por ali andavam :) Foi bom foi bom :)

Hoje o tempo também está agradável por isso também vou dar uma voltinha, mas hoje até ao Jardim Botânico. A ver vamos o que por lá se encontra :)



(as fotos, para não variar muito, não estão grande coisa, mas é o que há xD)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

...

E tenho um post em atraso eu sei, mas não tenho tido tempo/paciência de o escrever...

Sabem aqueles dias em que chegam a casa e têm vontade de se enfiar na cama e não sair mais de lá? Hoje é um desses dias... aqueles em que apesar de não estarmos fisicamente desgastados, estamos mentalmente exaustos? Cansados de ser aquela pessoa bem disposta que chega com um sorriso na cara logo de manhã, que diz que vai correr tudo bem e que tudo se resolve perante os problemas e os stresses do trabalho (embora não faça a mínima ideia como), cansada de ser a pessoa a quem os problemas pessoais não assistem... E se por um lado me orgulho 99% do tempo de ter esta atitude calma e positiva, sobra 1%  no qual não me dá vontade de ser nada disto, me dá vontade de reclamar, fazer de coitadinha, chorar, desistir. (In)Felizmente o orgulho não me deixa fazer nada disto e a minha vida continua sem que (na maioria dos casos) alguém se aperceba de alguma coisa. Mas juro que há dias (como o de hoje) que me sinto tentada. Muito tentada. Porque por mais que façamos a nossa parte, a vida às vezes gosta de nos atirar pedras. Tenta-nos fazer tropeçar. Cair. E por mais que tentemos manter a calma, ás vezes não é nada fácil. E eu sei que vai correr tudo bem. Tudo acaba por correr bem. Mas isso não me tira a vontade de me esconder debaixo dos lençóis e ignorar o que parece estar à porta. Mas depois olho para mim própria e não consigo deixar de pensar que estou a exagerar, e que não é razão para estar assim e que vai correr tudo bem. E pergunte-me alguém alguma coisa e eu não vou conseguir deixar de ridicularizar o problema ao ponto de a pessoa nem se preocupar mais. Hopeless I know. Mas sou eu, e eu sou assim. Em dias como o de hoje tinha vontade de não ser, mas sei que amanhã de manhã ja está tudo normal. Hoje no entanto estou num dia não. E mesmo coisas que me deixaram feliz durante a semana, me estão neste momento a enervar. Ganhei dois "cognomes" no laboratório, um foi de "Smiley" ao qual eu não consegui deixar de responder com um sorriso e ouvir "You see? There it is"; e o outro foi de "a luminosa" dado o meu positivismo e "capacidade" de resolver problemas. E se isto é bom? Sei lá eu acho que sim, no momento gostei bastante de ouvir. Mas hoje estou cansada... por isso neste momento, mais do que virtudes, estes cognomes parecem-me defesas... muralhas que estou farta de manter/defender.  Enfim... agora começo é a ficar cansada de reclamar, por isso vou mas é deitar-me que amanhã é um novo dia.

sábado, 19 de novembro de 2011

Meteorologia

Há uma tal de ciência a que chamam de Meteorologia que tem como objecto de estudo os processos meteorológicos e a previsão do tempo. Embora já milenar, esta ciência ainda tem muito que evoluir e aprender no que toca à previsão do tempo. Não são poucas as vezes em que gozamos com os tais de meteorologistas ou temos vontade de os mandar passear quando somos por eles enganados. A verdade é que saber como vai estar o tempo dá jeito. Dá-nos a possibilidade de planear com mais segurança o nosso dia-a-dia, ajudando-nos assim a tomar certas decisões. A verdade também é que no que toca à previsão de chuva a incerteza é sempre muito grande e quer decidamos acreditar nas previsões ou não, devemos ter tomado a decisão correcta cerca de metade das vezes. Por vezes acreditamos e as previsões revelaram-se certas, outras acreditamos e demo-nos mal. Por vezes não acreditamos e demo-nos bem, outras não acreditamos e acabamos ou cheios de frio, ou cheios de calor, ou molhados até aos ossos, ou ainda a carregar idioticamente um guarda-chuva. Pergunto-me então porque raio continuamos nós a consultar as previsões meteorológicas se mesmo a previsão para o dia seguinte pode ser completamente errada? Dá-nos uma confiança extra no processo de tomada de certas decisões, mas a verdade é que a decisão de acreditar ou não acreditar acaba por se basear exactamente no mesmo que a decisão de fazer ou não algo dependendo do que nós achamos que vai acontecer. E isto é, olharmos para o céu, avaliarmos o vento e a temperatura, e somarmos mais uma quantidade de feeling do que é a nossa previsão do tempo. Todos nós somos meteorologistas à nossa própria escala e decidimos diariamente se acreditamos ou não nas previsões baseados na nossa própria experiência e observação de mundo que nos rodeia. E acertamos muitas vezes, e erramos também umas tantas. Tantas se calhar como os próprios meteorologistas com os seus complicados modelos matemáticos. E se o saber à priori das previsões nos pode ajudar a acertar mais vezes no tempo, também não tenho dúvidas que muitas vezes nos ajuda a errar mais. No fim das contas isto acaba por ser uma brincadeira muito grande e confiar ou não na meteorologia vai dar mais ou menos ao mesmo a pequenas escalas. E podem agora interrogar-se sobre porque decidi eu, a um simpático e solarengo sábado de manhã, divagar sobre a previsão do tempo, e eu digo: porque fui enganada. Porque passei duas semanas a desejar que hoje chegasse e não chovesse, e hoje chegou e não choveu. Pois é... mas a previsão ontem é que ía chover. E como tal o que eu (e mais meia dúzia) queria ir fazer, não se poderia realizar. E não se realizou. Mas o tempo, esse tá lindo. Aliás, melhor não poderia estar. Mas como também não vale a pena ficar a remoer o assunto e está um belo dia lá fora, vou-me vestir, sair de casa e dar uma voltinha a pé até à Foz. Desta vez levo a máquina fotográfica com a bateria cheia para me entreter a tirar meia dúzia de fotos, o guia para olhar para as gaivotas e coisas que tais, e uma t-shirt escondida debaixo da camisola caso me dê o calor :) Alguém quer vir? =P

sábado, 5 de novembro de 2011

Anilhagem #2

 

Hoje foi mais uma manhã dedicada a apanhar coisinhas com penas :) eheh é sempre agradável, nem que seja pelo levantar cedo e o conviver com pessoas para falar... claro está... de bichos :) O tempo ameaçou chuva e ainda caíram uns pinguitos, mas nada de mais pois a meio da manhã já o sol brilhava entre as árvores. Foi fixe :) as avezinhas colaboraram (em grande parte devido à montagem de uma rede junto a um comedouro), e até deu meia dúzia de bichos a cada um, sendo que eu fiz 4 espécies novas (apesar de já as ter visto várias vezes ao perto, nunca tinha anilhado propriamente nenhuma). Não consigo deixar de ficar admirada com o as voltas que esta vida leva... Dissessem-me a mim há coisa de 3 anos que eu ía trabalhar com aves e eu ía achar impossível e que tal só aconteceria por necessidade extrema. E agora é isto. Tenho que admitir que começou não por minha vontade, mas depressa se tornou um desafio e um prazer. Primeiro a questão da identificação e dos cantos. Embora continue a ser extremamente naba, não deixa de ser algo que me fascina e me agrada profundamente. Pode parecer estúpido, mas sair à rua e saber o que estou a ouvir dá-me uma sensação de proximidade com o que me rodeia indiscritivel... é como se eu, e aqueles bichinhos aos quais me tenho dedicado, falassemos todos a mesma língua... e embora eles não me entendam e eu a eles, não deixa de ser confortável saber que eles andam por aí e de certa forma me fazem companhia onde quer que eu vá. Seja na faculdade quando saio de casa de manhã, na rotunda da Boavista a caminho do metro, nos pastos e campos de milho até Vairão, e mesmo nos meus minutos de espera no laboratório em que decido vir até à rua para desfrutar um bocadinho do sol e de toda a vida que ele proporciona. Bom, mas já estou a divagar. Voltando ao tema da anilhagem. Hoje senti pela primeira vez o bichinho da coisa. Ou pelo menos foi a primeira vez que dei conta dele. Mais do que o gosto pelo contacto com os pequenitos, há também o desafio de os retirar das redes, de lhes tirar as medidas correctamente e (o que hoje me marcou) atentar a pequenos pormenores para lhes atribuir uma idade. Não é fácil. Mas dependendo da espécie também não é dificil. Implica olhar para os bichos de outra forma... forma essa que vai além de ver o padrão geral que nos permite normalmente chegar à espécie. Passa a ser preciso olhar para as penas em si, se estão gastas ou não, se são iguais ou se umas são mais novas que outras, se apresentam uma determinada coloração ou se são mais arredondadas ou pontiagudas. E tudo isto varia com a espécie. E com a altura do ano. E com o indivíduo. É o caos. É tudo novo. É tudo giro. Achei piada. E sim, o pessoal do parque pode não ser do pessoal mais entendido no assunto que por aí anda, mas são boas pessoas. E mais do que isso. São pessoas que gostam de partilhar conhecimento. Pessoas que têm prazer em passar o que sabem e que o fazem de uma forma humilde. De igual para igual. De ser humano para ser humano. De quem tem perfeita noção que quando começou também não sabia nada e que apesar de não ter sido por vezes tratado com o devido respeito, não faz o mesmo aos outros. Muito pelo contrário. E assim foi a minha manhã. De volta dos passarinhos, a ouvir pessoas que apesar de tudo sabem mais que eu, e a tentar absorver tanto quanto possível o que me tentaram transmitir. As redes já não me metem tanto medo (embora continuem a ser o meu maior desafio xD nada como a experiência eu sei...), as medidas lá as vou acertando (hoje recebi mais um elogio depois de por duas vezes as ter tirado todas iguais ao anilhador responsável... casas decimais e tudo >.< pelo que consta fui a aprendiz que mais depressa "atinou" com as medições... pessoalmente continuo a achar que é sorte de principiante mas enfim :P ), e no que toca às idades ainda é preciso passar-me muitos bichos pelas mãos, mas pelo menos os chapins reais já os estava a acertar sozinha :) foi giro foi giro :) só é pena não haver disto todos os fins-de-semana... mas pronto. Já é melhor que nada :)