"A Esperança é a última a morrer"
Assim o diz a sabedoria popular.
Bichinho burro e teimoso que tem a mania de se infiltrar no íntimo das pessoas.
Ás vezes gostava de conseguir simplesmente manda-lo fora. Arranca-lo e lança-lo ao mar.
Sei que estou a conseguir mata-lo aos poucos, mas a sua capacidade de regeneração é surpreendente.
Alimenta-se de pequenas palavras, gestos, acções... às vezes basta uma voz mais doce... uma brincadeira mais parva... que em simultâneo com um conjunto de agradáveis memórias, me consegue devorar as entranhas.
Mas também se contrai com as coisas mais simples. Coisas que acumuladas o vão enfraquecendo, fazendo-o perder a paciência, e que podem até ser esquecidas por momentos, mas são facilmente trazidas ao de cima.
Soubesse o meu cérebro tomar conta de mim e já teria há muito eliminado esse parasita. Sim. Porque quem sofre depois sou eu. Começo a chegar à conclusão é que devo ser masoquista. É a única explicação lógica para tudo isto. Isso ou então sou muito burra (e eu que até me tinha em alguma consideração). Prefiro no entanto pensar que é essa tal de esperança que não me deixa agir com clareza. Resta por agora saber, quanto tempo de vida ainda lhe resta. Uma coisa é certa... apesar de tudo... já viu melhores dias. Mas deixemos os dados rolarem... (lá está ela em acção...)
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