sábado, 19 de março de 2011

Full Moon

Eu sei, eu sei, que não ando lá muito bem. Peço desculpa aos que me rodeiam e já deram conta. Peço desculpa aos que já perguntaram e receberam um "está tudo bem... a sério :)" como resposta, ou um "preferia não falar sobre isso por enquanto". Simplesmente não há nada que eu possa dizer que vá resolver alguma coisa, a não ser satisfazer a curiosidade dos perguntadores. Não é falta de confiança nem nada que se pareça. Ou talvez seja não sei.  A verdade é que tenho vindo a notar que me abro mais facilmente com um desconhecido do que com um amigo. A verdade é que não me importo minimamente do que o desconhecido vai achar, mas preocupo-me com o julgamento de quem me está mais próximo. Já sei que me vão dizer. Já os conheço. Para quê falar se sei o que vou ouvir?  Não é assim tão linear, mas pronto. Sei bem que tudo isto acaba por não fazer grande sentido, já que acaba por ir contra a minha própria definição de amizade, mas que posso fazer? Toda a gente tem direito ás suas incongruências... digo eu. O pior de tudo isto é quando tentamos não olhar para trás, seguimos em frente e convencemo-nos que está tudo bem, e alguém nos diz na cara que não estamos bem, que já nos conhecem e que sabem que se passa alguma coisa, e que podemos confiar neles, e que claro podemos não querer contar, mas que provavelmente nos iria fazer bem desabafar. É nestes momentos em que nos cai tudo... e me dá vontade de me desfazer, mas não o faço. É um verdadeiro balde de água fria. De repente paro, analiso-me e chego á conclusão que a pessoa tem razão. Eu sei que tem razão. Não está tudo bem. But as far as I can see there's nothing I can do about it. Ou será que entrei no papel de coitadinha? Já nem sei. Mas cheguei ao ponto de ter medo de fazer o que quer que seja e de piorar a situação. E há dias em que até nem quero saber, e digo o que tenho a dizer, e outros em que me calo, com medo do que possa acontecer. É verdade que começo a acumular muita coisa. Conversas que se desenrolam apenas na minha cabeça e que não são ouvidas por ninguém matam-me a necessidade extrema de dizer o que me vai na alma. Mas não deixa de ser triste. Voltei à fase da imaginação. Falar com as pessoas? Dizer-lhes o que sinto? Para quê se posso imaginar? Corre sempre tudo muito melhor. Digo o que tenho a dizer e ninguém se chateia. O pior é que volta e meia caio na realidade... e apercebo-me que continua tudo exactamente na mesma. Dentro e fora de mim. Que estou simplesmente a enganar-me a mim própria. Que apesar de tudo... bah... não, não vou escrever aqui. A lua brilha lá fora... grande e perfeita na sua imperfeição, tal como todos nós. Já estou relativamente familiarizada com as minhas alterações humorísticas resultantes do esplendor duma lua cheia, mas o seu efeito não deixa de me surpreender. Curiosamente... deveria ser ao contrário não? Talvez não. E pronto. Já disse o que andava a morrer por dizer. No entanto folhas caem agora das árvores. Juro que tenho tentado evitar... mas  por enquanto ainda é mais forte do que eu. E o problema  aqui é que não quero que deixe de ser.

2 comentários:

  1. Ja te disse que eras uma trenguinha...?:P Saudades d falar... Beijinhos

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  2. Algumas vezes =P
    Espero que esteja tudo bem :)

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